O Papa S. Gregório Magno iniciou a sua obra, "Vida de S. Bento", com a solenidade de quem anuncia um grande acontecimento histórico: "Fuit Vir..."

"Houve um homem...Mas um homem de vida venerável, Bento por graça e de nome...Nascido de boa família, na região de Núrsia..."

A primeira grande impressão que nos fica, ao contemplar essa figura singular de santo, que marcou tão decisivamente o seu tempo e posteridade com um pai, é a grandeza humana.

"Foi um homem". Um homem com tudo o que isso possa significar de valor espiritual e de nobreza, um homem que não escondia a semelhança de Deus, um homem elevado e enriquecido pela graça e, particularmente, por um carisma especial de mestre e guia.

Como fermento na massa, Bento, Patriarca dos Monges e Pai da Europa, vai construir um mundo novo, através de seus filhos espirituais, numerosos como as estrelas do Céu e a areia das praias do mar. Pela cruz, pelo livro e pelo arado, fará nascer uma civilização cristã entre os povos das regiões do Mediterrâneo à Escandinávia, da Irlanda aos campos da Polónia.